Descrição
Encadernação: Brochura
Páginas: 316
Edição: 46
Peso: 386 g
ISBN: 8532511473
Medidas: 210 x 140
ID: 1669990
Ano: 2000
Conservação: Bom. Lombada e capas desgastadas páginas amareladas e/ou com manchas de oxidação sem comprometer o conteúdo impresso. Com manchas.
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Resenha
Não hesito em colocar O coronel e o lobisomem entre os melhores romances da literatura brasileira de todos os tempos. Com estas palavras o escritor Érico Veríssimo fez o elogio do livro de José Cândido de Carvalho quando de seu aparecimento em 1964. O personagem Ponciano de Azeredo Furtado narrador-coronel do título de tão cativante é daqueles que fazem o leitor esquecer-se de que estão lendo um romance. Passamos a acreditar que ele realmente existe que se trata de um homem de carne e osso um ser vivo tal como nós. Homem que é homem duas coisas de principal deve ter: barba grande e voz grossa. O charuto é para espantar o povinho dos empréstimos descreve-se o coronel. Ao seu lado nos arredores de Campos dos Goitacazes vivemos os mais divertidos causos e as mais fantásticas aventuras caçamos uma onça-pintada e deparamos com uma sereia. Também namoramos bastante que o coronel é chegado num recurvado de moça bonita. O ponto culminante da narrativa é o embate com o lobisomem: não é qualquer um comedor de farinha que pode lidar com lobisomem bicho de muita astúcia no atacado e no varejo. Além do prazer que desperta uma história bem contada a inventiva linguagem do romance continua marcante até hoje. Com O coronel e o lobisomem José Cândido de Carvalho criou um estilo próprio em que usa sufixos e prefixos para subverter a língua portuguesa dando-lhe mais vida. Uma proeza que encantou não apenas os leitores como também outros escritores a exemplo de Rachel de Queiroz: o que o povo não inventou ou os autores não codificaram esse brasileiro inventa por conta própria e oferece à gente de graça.