Descrição
Encadernação: Brochura
Páginas: 312
Edição: 1
Peso: 100 g
ISBN: 9789727710379
Medidas: 230 x 160
ID: 1646099
Ano: 1999
Conservação: Bom. Lombada e capas desgastadas páginas amareladas e/ou com manchas de oxidação sem comprometer o conteúdo impresso.
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Resenha
Nesta obra é explorado o contributo de algumas teorias sociais contemporâneas: as origens e os efeitos da degradação do ambiente nas sociedades modernas e as condições sob as quais as forças políticas podem ser mobilizadas com êxito contra a degradação do ambiente. Relativamente à primeira questão é quase polémico afirmar que as transformações de ordem económica e demográfica são causas relevantes de degradação do ambiente. Contudo vale a pena examinar com mais atenção do que por vezes se presta os mecanismos exactos que estas forças põem em movimento. Além de considerar estas vias de explicação já gastas o autor examina também o duplo papel do poder político e cultural ao favorecer a degradação do ambiente e em raras ocasiões ao tentar pôr-lhe termo. A emergência de movimentos políticos que tentam impedir a destruição do ambiente é um dos efeitos mais significativos da actual degradação do ambiente. Se estes movimentos conseguem ou não cumprir a sua vocação política é outra questão. O autor nesta obra procura reflectir sobre as questões através de um estudo da obra de quatro sociólogos contemporâneos: Anthony Giddens André Gorz Jurgen Habermas e Ulrich Beck. Existem bons motivos para se usar de prudência nesta abordagem. Em primeiro lugar a herança teórica que nos foi legada pela teoria social clássica tem algumas limitações substanciais tanto no âmbito do estudo das relações entre sociedades e os seus ambientes como no âmbito das origens de uma política de ambiente. Em segundo lugar o estudo da relação entre o ambiente e as sociedades humanas é necessariamente uma matéria interdisciplinar; confiar numa única disciplina embora rica e variada seria uma atitude profundamente restritiva. Em terceiro lugar os quatro escritores em que o autor se concentrou não foram os únicos teóricos contemporâneos a dedicar atenção à relação entre os mundos social e natural ou à origem e futuro dos movimentos sociais ambientalistas. Em defesa desta abordagem o autor admite que as bases da teoria social contemporânea do século XIX prestam uma ajuda bastante limitada nas respostas às suas perguntas e que de qualquer modo teremos de recorrer a outras disciplinas. Mesmo assim nesta obra tenciona contudo o autor analisar se bem que sucintamente a herança da teoria social clássica e em particular a obra de Karl Marx Max Weber e Émile Durkheim. Ao fazê-lo pretende que apesar de problemas consideráveis a teoria social contemporânea constitui apoio quanto às questões que lhe interessam. DAVID GOLDBLATT é leitor na Open University.